Exposição Simples Sutil
Stockholm
Exposição Simples Sutil
Acervo diária – Abril de 2025
Perguntas feitas por Lívia Fontana
Me chama atenção como você utiliza as cores. Me conta sobre os tons das cores que escolheu e porque as escolheu.
As cores para mim são um ponto de partida, são elas que me guiam e me despertam emoções na hora de pintar. Tons mais claros, azul, verde, me trazem paz, são um escape para a natureza, algo que eu busco na minha vida. O lilás me leva para esse mundo espiritual, de luz e conexão. Gosto do contraste de pontos de cores fortes que trazem um certo movimento para obra.
Você possui uma trajetória na produção de joias autorais. Como as joias te inspiram na pintura?
Para mim as joias são como amuletos, algo muito individual que conecta cada pessoa as suas crenças, um objeto que tem aura. Acho que dessa forma as joias me inspiraram nos quadros, para que eles sejam algo além de uma pintura, um conjunto de cores e texturas que emana energia.
O que te instiga dentro da história da arte?
O primeiro movimento e artista que me chama atenção desde a infância é o Impressionismo e os jardins de Monet, que tive o prazer de visitar. Essa serenidade que ele traz através das paisagens é algo que me toca muito. Hilma af Klint, uma das pioneiras do abstracionismo, tem uma grande influência no meu trabalho justamente por tratar de símbolos e o significado por trás das telas, ligado ao mundo espiritual. Georgia O’keeffe é uma referência do modernismo, amo a combinação das cores que ela usa e a forma que ela pinta olhando por outras perspectivas como em “Above the Clouds”.
Vejo no seu trabalho o abstrato tornando-se figurativo, através da formação da paisagem em pequenas pinceladas. Consegue explicar esse resultado?
Eu acredito que esse resultado vem de forma intuitiva porque a natureza está sempre no meu inconsciente então naturalmente as paisagens acabam aparecendo. Eu gosto que cada pessoa acaba enxergando algo diferente a partir das suas referências individuais.
São Paulo, outono de 2025